Rendição

Sim, sim. Eu sei o que estão a pensar! É verdade! Rendi-me às missangas! Finalmente aprendi a domá-las. Ou seria o contrário? Se calhar foram elas que me domaram a mim. Bem, mas isso não é importante. Importante mesmo é que eu comecei a descobrir-lhes as manhas e a partir desse momento elas baixaram a guarda e entrámos em período de tréguas. Embora ainda subsistam algumas mais rebeldes, acho que os meus métodos altamente científico/missangais estão a resultar (eu sabia que um subornozinho com promessa de tubinho novo transparente ia fazê-las mudar de ideias).
Já consigo ter mais missangas em cima da mesa de trabalho do que no chão da sala. E mesmo as que se atiram no mergulho da morte aterram no meu colo. Agora uma chamada de atenção: quando tentarem apanhar as continhas (vulgo missanga pequenina) que conseguiram prender com as pernas para que não caíssem no chão, certifiquem-se de que não há crianças na sala. Na realidade, certifiquem-se de que ninguém está a ver. É que a figurinha que se faz é de tal modo ridicula, que eu aconselho vivamente a que só façam uso da mesma em privado. Se houver mais pessoas por perto, o melhor é desviarem-se do trajecto da missanga e deixá-la aterrar onde ela muito bem entender.
Adiante, este foi o resultado da minha persistência. Desta vez fiquei muito orgulhosa. Bati o meu cronómetro e o resultado saiu muito catita na minha opinião. As missangas foram umas amigalhaças!


Colar curto (chegado ao pescoço) com missangas azuis, branco opaco, prata e cristal, contas acrílicas, de vidro e de metal e coração em vidro folheado.
Refª: CC_24